Nos últimos anos, as exportações de automóveis chineses para a América do Sul têm apresentado um crescimento notável, consolidando a China como um dos principais fornecedores de veículos na região. Com preços competitivos, tecnologia avançada e uma estratégia logística otimizada, marcas como BYD, Chery, Geely e Great Wall estão revolucionando as ruas de países como México, Brasil, Chile e Peru.
Esse fenômeno reflete não apenas a competitividade da indústria automotiva chinesa, mas também a dinâmica comercial em constante mudança entre a Ásia e a América Latina.
De acordo com dados recentes, no primeiro semestre de 2025, mais de 3.400 veículos chineses chegaram aos portos sul-americanos, como o Porto de Chancay, no Peru, por meio de rotas marítimas otimizadas a partir de Xangai. Esse aumento se deve a vários fatores-chave:
1. Preços competitivos sem abrir mão da qualidade: os carros chineses oferecem uma relação qualidade-preço difícil de ser igualada por marcas tradicionais.
2. Foco em Veículos Elétricos: A China lidera a produção de veículos elétricos (VEs), e países como Chile, Colômbia e Brasil estão adotando políticas verdes que favorecem sua importação.
3. Acordos Logísticos: A nova rota "Shanghai-Chancay" reduziu o tempo de transporte para apenas 23 dias, facilitando a entrada de carros e autopeças.
4. Adaptação ao mercado sul-americano: Estão desenvolvendo suspensões reforçadas para estradas em más condições (por exemplo, a Grande Muralha na Argentina), oferecendo garantias estendidas (5 a 7 anos) para conquistar a confiança do consumidor e até mesmo abrindo fábricas na região (Chery no Brasil, BYD no Chile) para evitar impostos.
5.Crises econômicas locais favorecem carros acessíveis: Com a alta inflação na Argentina, Colômbia e Venezuela, os compradores buscam opções acessíveis, mas bem equipadas, exatamente o que a China oferece.
Escrito por Yaritza